Sangtekst: Chico Buarque. Carioca. Ode Aos Ratos.
Rato de rua
Irrequieta criatura
Tribo em frenetica proliferacao
Lubrico, libidinoso transeunte
Boca de estomago
Atras do seu quinhao
Vao aos magotes
A dar com um pau
Levando o terror
Do parking ao living
Do shopping center ao leu
Do cano de esgoto
Pro topo do arranha-ceu
Rato de rua
Aborigene do lodo
Fuca gelada
Couraca de sabao
Quase risonho
Profanador de tumba
Sobrevivente
A chacina e a lei do cao
Saqueador da metropole
Tenaz roedor
De toda esperanca
Estuporador da ilusao
O meu semelhante
Filho de Deus, meu irmao
Rato
Rato que roi a roupa
Que roi a rapa do rei do morro
Que roi a roda do carro
Que roi o carro, que roi o ferro
Que roi o barro, roi o morro
Rato que roi o rato
Ra-rato, ra-rato
Roto que ri do roto
Que roi o farrapo
Do esfarra-rapado
Que mete a ripa, arranca rabo
Rato ruim
Rato que roi a rosa
Roi o riso da moca
E ruma rua arriba
Em sua rota de rato
Saqueador da metropole
Tenaz roedor
De toda esperanca
Estuporador da ilusao
O meu semelhante
Filho de Deus, meu irmao
Irrequieta criatura
Tribo em frenetica proliferacao
Lubrico, libidinoso transeunte
Boca de estomago
Atras do seu quinhao
Vao aos magotes
A dar com um pau
Levando o terror
Do parking ao living
Do shopping center ao leu
Do cano de esgoto
Pro topo do arranha-ceu
Rato de rua
Aborigene do lodo
Fuca gelada
Couraca de sabao
Quase risonho
Profanador de tumba
Sobrevivente
A chacina e a lei do cao
Saqueador da metropole
Tenaz roedor
De toda esperanca
Estuporador da ilusao
O meu semelhante
Filho de Deus, meu irmao
Rato
Rato que roi a roupa
Que roi a rapa do rei do morro
Que roi a roda do carro
Que roi o carro, que roi o ferro
Que roi o barro, roi o morro
Rato que roi o rato
Ra-rato, ra-rato
Roto que ri do roto
Que roi o farrapo
Do esfarra-rapado
Que mete a ripa, arranca rabo
Rato ruim
Rato que roi a rosa
Roi o riso da moca
E ruma rua arriba
Em sua rota de rato
Saqueador da metropole
Tenaz roedor
De toda esperanca
Estuporador da ilusao
O meu semelhante
Filho de Deus, meu irmao